De quatro em quatro anos, duas coisas prendem a atenção dos brasileiros: a Copa do Mundo e as eleições presidenciais, que no pacote trazem votação para governador, deputado estadual, federal e senador. É bem verdade que a segunda não chama tanta atenção como a primeira. Infelizmente.Admito que o mundial é de fato um evento emocionante, onde o povo vibra, torce, sofre e talvez tenha seu único orgulho em relação ao país resumido em duas palavras: Seleção Brasileira. O problema, se é que podemos colocar dessa maneira, é que o sujeito que vai votar, se preocupa mais com quem o Dunga vai escalar no ataque do que com quem ele próprio vai convocar para defender seus interesses em Brasília.
Outra situação preocupante, é a divulgação massiva que a mídia dá para o mundial. Não que a Copa não mereça atenção. Mas pra que tanto? Faça o teste e assista a qualquer telejornal nesse mês em que o torneio é realizado. No mínimo, 90% do tempo é dedicado ao futebol.
Nisso, ocorre o que nós podemos chamar de pão e circo, só que dos tempos modernos, onde o povo se diverte com a Copa, enquanto os engravatados aproveitam o momento de distração nacional para aumentarem seus salários.
Caso o Brasil termine como campeão, ninguem vai se importar se o ganho (lícito) dos senadores subiu 18%, ou se o eleito foi Serra ou Rousseff. É a festa da torcida campeã, já dizia Renato Russo. Do contrário, independente do escolhido fazer um bom mandato, o brasileiro tem por cultura reclamar e falar mal. Mas, não há motivo para pânico, em 2014 todo mundo vai esquecer. Afinal, o Brasil lutou para conseguir que o circo da Copa do Mundo montasse sua lona aqui, custe o que custar.
That's all, folks!
