PRÊMIO MULTISHOW DE MÚSICA BRASILEIRA

Ontem, mais ou menos à essa hora, começava o Prêmio Multishow de Música Brasileira. O VMB cover da MTV que não deu certo. Era tudo muito igual. Inclusive, o próprio Marcos Mion comentou isso no twitter na hora da premiação; e disse também, que deu uma vergonha alheia.

E sabem o que é o pior? Ele estava coberto de razão. Duplas entregando os prêmios, piadas sem graça e como se não fosse o bastante, tentaram fazer da Fernanda Torres, uma espécie de Marina Person. Falharam miserávelmente. Tudo bem que a Fernanda é linda, inteligente, tem personalidade, assim como a Marina. Mas não há espaço para comparações, como VJ e apresentadora de premiação, ela é uma excelente atriz.

Outro momento comparável com a MTV, mas dessa vez com o VMA, a premiação americana, foi a presença de um DJ tocando ao vivo. Igual no VMA do ano passado, onde DJ AM e Travis Barker, do Blink 182 tocaram. Só faltou colocarem o baterista do Strike, daí pronto. Em outra situação, Fernanda perguntou: "Vocês sabem o que rola no dia 1º de Outubro?". Pagava pra ver alguém respondendo: "O VMB!"

Mas como não podia deixar de ser, a premiação foi marcada por alguns momentos bizarros. Pra não dizer patéticos e, como diria o açogueiro, vamos por partes:

Número 1: Tudo bem que a gravidez é um momento mágico na vida de uma mulher, mas convenhamos que é tenso, não é verdade? Fantasiada de Regina Casé e com um barrigão horrendo pra fora, Ivete Sangalo dividiu o palco com o bebaça do Zeca Pagodinho tocando "Falsa Baiana".

Número 2: Little Joy, Rodrigo Amarante, sua escoliose e seu inglês sofrível. Fora a música, "Keep Me In The Mind" que é um baita pé no saco.

Número 3: Skank e seus 1948 prêmios. Sério, nada contra o Skank, os caras até fazem um som competente, mas nem são essa coca cola toda. Além do que, eles começaram a perder o respeito desde que se juntaram com aquela tal de Negra Li.

Número 4: A banda gaúcha Fresno, que por sinal, venceu e merecidamente o prêmio de melhor banda, se juntando com gente do naipe de Nx Zero e Strike pra tocar "Inútil", do Ultraje A Rigor. Sabem, a releitura da música não ficou das piores, porém, quiseram tocar aquele hardcore californiano nojento. Tive a impressão de sentir o Lucas e o Tavares, da Fresno, meio deslocados ali.

Número 5: A apresentação de Ana Cañas e Arnaldo Antunes. Não senti meus ouvidos por uns quatro minutos, ou mais.

Número 6: O NxZero ganhando como o melhor CD. E pior, a melhor banda não estar nem concorrendo como melhor disco. Quais são os critérios? Quem seleciona? Se a banda X é a melhor banda, é natural que ela faça um grande disco, não? Vai entender.

Saindo dos momentos bizarros, tivemos entre outros prêmios, Seu Jorge vencendo na categoria melhor cantor e Cine como revelação. Do Seu Jorge eu achei mais do que merecido, o cara é foda mesmo. E em relação à Cine, achei válido, embora achasse que o Gloria merecia ter levado.

Visto isso, agora é esperar pelo original, o VMB. Mas pra não dizer que o PMMB não serve de nada, ele serve como laboratório pro VMB, como prévia. E vendo a premiação de ontem, a conclusão à que se chega, é que a Fresno parte como favorita.

That's all, folks!