Há tempos se discute os rumos que a música vai tomar nos próximos anos. Na verdade, não a música de modo geral, mas mais precisamente, o rock. Dos anos 2000 pra cá, muitas coisas boas surgiram, outras nem tanto.
O problema, é que as que se enquadram no "nem tanto", tem mais espaço na mídia. Televisão, rádios, revistas e afins. A internet não conta, porque cada usuário seleciona os conteúdos que quer ver, ou seja, você não é obrigado a ouvir Restart se não quiser. Isso deve explicar porque o número de pessoas conectadas à internet aumentou e o número de televisores ligados diminuiu.
Quando se pensava que não tinha mais onde ficar pior, vem a moda do colorido. O pior é que o modo com que os membros dessas bandas se vestem, influenciam o modo das pessoas se vestirem na rua. Não é mais tão incomum você sentir aquela dor nos olhos ao ver alguém com uma calça verde limão na rua.
Mas a questão não são as roupas. Afinal, calças coloridas não são exatamente uma novidade. O que a gente se pergunta é: E esse rock cada vez mais pop? Pop sim, no sentido ruim da coisa. Porque tem o lado bom também. Não é porque algo é pop, de popular, que é ruim. Os Beatles eram pop, os Rolling Stones eram pop.
O lado ruim, é que cada vez mais, as bandas tidas como rock, se assemelham mais à artistas como Lady GaGa e Backstreet Boys. Em algum momento, defendemos aquela teoria de que nada é tão ruim que não possa piorar. Por outro lado, consola lembrar de que todo movimento tem um fim, tudo é reciclado e pode-se começar tudo de novo. Ou será que o rock vai continuar sendo sustentado pelas bandas antigas que ainda estão em atividade?
Já imaginaram quão bom seria, se o rock se repaginasse depois dessa onda colorida, surgissem mais bandas de post-punk, por exemplo. Bandas influenciadas pelo Talking Heads, pelo Joy Division e pelo PIL. Não que não existam grupos com essas influências tocando em garagens ao redor do mundo. Existem. E o problema é justamente, elas continuarem tocando nos porões, nas garagens. Essas bandas, precisariam de mais espaço, a coisa deveria voltar a ser, como era no fim dos anos 70 e início dos 80.
Não precisava nem o estilo de vida das pessoas ser semelhante ao que vivia-se na época. Só o som. Só o som...
That's all, folks!
1 Response to WHERE DO WE GO NOW?
É o que sempre digo: nascemos na época errada.
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