PATO FU


Muita gente pode pensar que Pato Fu é uma banda que tem uma ou duas músicas que prestam e que sempre ficou na sombra de outras bandas “consagradas” como o Capital Inicial, Skank e outras do gênero, podem pensar até que o Pato Fu é mais uma bandinha no mesmo gênero do Kid Abelha.

Ledo engano, Pato Fu, pra quem não sabe... é de longe uma das melhores bandas que o rock nacional já produziu, fazendo uma mistura de estilos e sons, misturando rock ao pop, com uma pegada techno e ao mesmo tempo Rock N’ Roll. Depois de conhecer o Pato Fu, sobretudo o album Isopor, de 1999, alguem ainda achar que o CSS ainda é a coisa mais original surgida na musica brasileira pode ser oficialmente considerado um babaca.

Quando Fernanda Takai, John e seus companheiros lançaram Isopor, Lovefoxxx (é assim?) e seus amigos nem sonhavam em ser uma banda de rock/pop/techno ou whatever. Isopor é um daqueles albuns conceituais, que marcam época e quem sabe até uma geração. Pena que o Pato Fu é uma banda que é solenemente ignorada pela mídia.

O disco é aberto com um clássico da banda, Made In Japan, cantada em japonês, sem contar o clássico refrão que faz referência aos Muppets; definitivamente, John não podia ter tido uma sacada melhor do que essa, ou podia... veremos ao desenrolar do album; sem contar o clipe, sensacional! A primeira impressão é de que em hipótese alguma ele foi filmado/produzido aqui no Brasil, mas... por mais incrível que pareça, foi.

Na sequência, a faixa que dá nome ao disco, Isopor, tem uma batida techno marcando e um baixo com efeito no pedal, a musica segue uma linha só durante todo o seu tempo, à primeira vista, a letra não parece fazer muito sentido, mas basta escutá-la com um pouco mais de atenção. Adiante, não só o maior hit desse disco, mas talvez o maior de toda a história da banda, Depois, afinal, quem não se lembra desses versos clássicos: “Quando penso em nós dois, deixo tudo pra depois / Quando penso em nós três, fica pra outra vez”. Acerca da interpretação dessa musica, pode pensar de duas formas, ou que se trata de um triângulo amoroso ou de um casal e um filho.

Um Ponto Oito é a faixa mais longa do disco e começa com uma guitarra com um riff bem... diferente, parecendo uma banda antiga, mostrando uma verve old school da banda, aos 3:40 a musica evolui e começa uma quebradeira geral, com o mesmo riff, porém, mais pesado e um baixo matador. Já Imperfeito começa de um jeito um tanto quanto experimental, mas conforme a musica se desenvolve, ela vai tomando formas de Pato Fu mesmo, soando algo parecido com Made In Japan ou coisa parecida.

Morto é a primeira musica nesse disco cantada por John e é impressionante a mistura de sons feitas nessa faixa, funk, ska e punk rock, parece estranho de se ler, mas quando se ouve a musica, nota que não podia ter ficado melhor, se melhorar estraga. Em seguida, O Filho Predileto do Rajneesh, que é de longe a melhor musica desse disco, com um riff poderoso e uma base marcada no baixo e um refrão matador, a letra é algo fora do comum, não tem nem o que comentar, ouça e tire suas próprias conclusões.

A guitarra de Perdendo Dentes soa meio Lenny Kravitz, bom, talvez a musica toda em sí, que é outro dos grandes hits da banda, o baixo pesado se mostra em perfeita sincronia com a voz doce de Fernanda, fazendo com que a musica soe perfeita. Saudades é outra musica que mistura techno com rock e soa como Made In Japan, ponto.

O Prato Do Dia, ah... a segunda melhor musica do album, como eu disse há pouco, Fernanda tem uma voz doce, mas a musica soa tão suja que às vezes faz parecer uma das musicas do The Clash. A letra é meio... diferente, pega só esse verso: “Quem vamos ter pra hoje? Quem, vai ser... o prato do dia” inclusive, segundo a própria vocalista e segundo John, a musica deveria ter sido cantada por ele e não por Fernanda, daí, a gente fica só imaginando como seria a musica se assim acontecesse.

Quase é uma baladinha acústica que soa meio... country. É a faixa que fecha o disco e é cantada por John, fala basicamente sobre o quase, ser quase alguém, ela ser quase alguem que você sonhou e afins. No mais, é isso... espero que tenham se interessado e que baixem ou comprem o disco, prometo que vocês não vão se arrepender.

That’s all, folks!

3 Response to PATO FU

JC Griggio, But You May Call Me V
10 de abril de 2009 às 12:45

Bacana.. preciso ir atrás..

João A.
13 de abril de 2009 às 14:10

Bacana.. preciso ir atrás.. [2]

Anônimo
2 de maio de 2009 às 17:26

AFF...

 

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