OINGO BOINGO

Conforme sugestão do Griggio, que há tempos é um colaborador dessa chonga, decidi fazer uma resenha sobre uma banda que já foi citada aqui e que sem sombra de dúvida, carrega consigo uma qualidade inquestionável.

E também, há tempos não havia nenhuma resenha sobre nada; só notícias. O blog tava parecendo mais a página inicial da Rolling Stone. Pois bem, foi me mandado um link de um disco, chamado Boingo, da banda Oingo Boingo.

A banda foi formada em 1972, por Richard Elfman e em 1978 sofreu algumas reformulações por Danny Elfman, irmão de Richard. Dentre as mudanças, nota-se inclusive a de estilo, passando pro New Wave, que estava em desenvolvimento na época.

O album que será comentado aqui foi o último de estúdio lançado pela banda, em 1994, sendo que seus membros se separaram definitivamente em 31 de Outubro de 95.

Embora o disco tenha somente onze faixas, é um álbum bem longo, com mais de 73 minutos. Nesse aspecto, destaca-se o fato de as duas primeiras faixas terem quase 8 minutos de duração, e a terceira, Mary, tem quase 7.

A faixa que abre o disco é Insanity. Que começa de um modo, no mínimo, assustador. Conforme a música começa a tomar forma, nota-se a pegada de new wave, a mesma que tornou a banda famosa, sobretudo nos anos 80.

O que torna a faixa seguinte interessante, que vem com o singelo título de Hey!, são dois elementos imprescindíveis numa banda de rock: Baixo bem marcado e boas guitarras. No refrão tem um slap no baixo e algumas fritadas na guitarra, fazendo lembrar bandas como o Red Hot Chilli Peppers e o Jane's Addiction

Mary, que vêm na sequência, começa com instrumentos de corda, como cello e violino, fazendo lembrar I Am The Walrus, dos Beatles. A letra, fala sobre uma garota, que óbviamente, se chama Mary; e que não está feliz com a vida que leva e enfim. É basicamente isso.

Can't See com um violão solando na introdução faz lembrar o The Who, sobretudo no álbum A Quick One, de 1966. Conforme o tempo vai passando a música vai ganhando forma de Oingo Boingo.

Uma das qualidades, não só desse disco, mas da banda Oingo Boingo de um modo geral, é saber misturar estilos, timbres e elementos diferentes. No caso de Pedestrian Wolves, as guitarras soladas e o baixo com slide no começo lembram os movimentos do rock britânico no fim dos anos 80, como o Madchester, em alguns momentos mistura um pouco de funk rock, de novo fazendo lembrar RHCP e Jane's Addiction.

Outro grande destaque desse álbum é Spider, que tem uma levada bem sombria, com um baixo pesado, em alguns momentos, fazendo lembrar o Joy Division.

Mas o momento mais gratificante do disco, é a faixa 9. Uma versão post-punk de I Am The Walrus, dos Beatles. Eles não quiseram inventar, cantar em um ritmo diferente, mas não fizeram um cover, mas sim uma versão, uma releitura nova pra esse clássico.

Fechando o disco: Change, que tem quase (pasme!) dezesseis (16) minutos de duração. E ao contrário de outras músicas, que terminam aos 4, 5 ou 6 minutos e o resto da faixa e do disco é em silêncio, essa não, são 16 minutos initerrúptos de música, e, diga-se de passagem, de uma boa música.

É uma boa pedida, com certeza. Caso você se interesse, você pode baixar o disco clicando AQUI.

That's all, folks!

2 Response to OINGO BOINGO

3 de setembro de 2009 às 17:25

Muitíssimo bom. Absurdamente bom. Eu acho que soa um pouco com pink floyd e queen em alguns aspectos.. e as partes eletronicas lembram kreftwerk.

13 de setembro de 2009 às 09:21

did you mean: kraftwerk
~ google

 

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