CONTROL

Alguém aqui ainda se lembra das postagens sobre New Order e Joy Division? Então, no final da última, eu citei um filme chamado Control, que conta os últimos anos da vida de Ian Curtis, vocalista do Joy Division.

O filme é baseado no livro "Touching from a Distance", da viúva Deborah Curtis, que inclusive... é co-produtora do longa. Logo, tendo a colaboração de alguém que foi tão próxima de Ian, a assimilação do filme com a realidade é perfeita. Ian é mostrado como alguém que tem uma personalidade inquieta, alguém que não sabe como lidar com seus próprios desejos.

Uma vez que o que sentimos, só nós sabemos explicar, com Ian não era diferente. Nesse sentido, fazemos alguns questionamentos pros quais jamais teremos respostas: O que fazia Ian se sentir atraído por Annik? Por que ele era tão inconstante? A rotina, de ter uma mulher e uma filha não o satisfaziam?

Somente o fato de Ian não saber lidar com a fama repentina e suas constantes crises de epilepsia eram o suficiente para que ele se enforcasse na cozinha de sua casa? Não. Certamente, os monstros e fantasmas de Curtis eram bem maiores, o que automaticamente nos faz concluir que real motivo disso tudo ninguém nunca vai saber, nem mesmo Deborah Curtis, Annik Honoré, Bernard Sumner, Peter Hook ou Stephen Morris.

Sobre o filme em sí, a atuação de todos é impecável, sobretudo a de Sam Riley, que nos faz acreditar que estamos vendo ali o próprio Ian Curtis. A fotografia, o fato de ter sido todo rodado em preto e branco e todo o drama que carrega a história, torna tudo mais interessante. Ou seja, é um filme recomendadíssimo, sobretudo pra quem gosta de uma boa biografia e música melhor ainda.

That's all, folks!

2 Response to CONTROL

Anônimo
16 de agosto de 2010 às 18:11

O que dizer se não que esse filme é EXCELENTE. Adoro filmes biográficos, mas esse em especial, juntamente com o The Doors, ganham em desparados.

Dá até medo de ver, ou melhor angústia de ver como o Ian é retratado com perfeição, sua personalidade e sua dança non sense.

Como o Jr disse um ponto positivo é a fotografia do filme ser em p/b.
E a interpretação do ator ao cantar as músicas do Joy .

Recomendo que vejam.

Dany
17 de agosto de 2010 às 18:58

Eu amo esse filme. É um filme bastante excêntrico. Extraordinário. A fotografia é perfeita. O diretor nos levou à um cenário cinzento de Macclesfield. Como o próprio Ian diz até no filme "É cinza e triste". O que nos aproxima um pouco da complexidade de sentimentos que fazia ele querer sair de lá, ficando apenas porque a esposa adorava. Enfim, há muitas coisas por trás... Temos que lembrar também que essa é a versão da viúva. Mas, a amante deve ter uma outra visão de alguns fatos. Mas, o filme conseguiu ser maravilhosamente extraordinário. Principalmente, ouso dizer, devido a perfeita atuação do Sam. Maravilhoso, extraordinário, digníssimo ator para o papel. Adorei o texto! :)

 

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