ANBERLIN

Tá aí uma banda que nem todo mundo conhece, que apesar de fazer um som de fácil assimilação ao emocore, assim como o Taking Back Sunday, é cultuada por um povo mais alternativo.

E assim como a banda liderada por Adam Lazzara, o Anberlin, apesar de possuir canções bem radiofônicas, por sorte, deles e dos fãs, não caiu no gosto dos emoxinhos.

Ao contrário de outras bandas que apareceram na mesma cena, na mesma época, o Anberlin é uma banda diferenciada, a começar pelo vocal, que não é aquela coisa, ou gritada, ou voz de menina alegre, o vocal soa meio Morrissey, só que como se ele tivesse 23 anos.

As melodias também, são mais compassadas e tu pode ouvir com calma e atenção todos os instrumentos presentes nas canções. Aliás, hoje eu vou te contar um pouco mais sobre o debut-album dos caras, o Blueprints For The Black Market, que foi lançado em 6 de maio de 2003, em meio ao crescimento de bandas como o My Chemical Romance, que lançaria um de seus discos mais aclamados um ano depois, o Good Charlotte que tinha tudo pra vingar, mas não vingou; e a banda mais bombada da época, o Simple Plan.

O disco começa com Ready Fuels que tem uma guitarra rápida no começo e quando os versos entram, o clichê desse tipo de rock, guitarra abafada, bateria rápida e o vocal. Já Foreign Language é sem sombra de dúvida, uma das melhores faixas do album. Aliás, uma curiosidade sobre o Anberlin é que eles são uma das maiores influências da maior banda brasileira da atualidade, a Fresno, que inclusive, vai abrir os shows que os caras vão fazer por aqui.

Um pouco dessa "influência" tem a ver com a faixa anteriormente citada, uma vez que a guitarra da introdução de Onde Está, um dos maiores hits da banda gaúcha é quase idêntico à Foreign Language.

Outro grande destaque desse disco é a faixa 4, Cold War Transmissions, que se caracteriza pelo seu peso e velocidade no começo. Depois, clichê, igual à faixa que abre o disco, guitarra abafada vocal e em seguida, refrão com notas bem abertas.

O próximo ponto de parada e que requer bastante atenção no album é Autobahn, faixa 7, que faz o peso do disco cair bastante e tem um começo mais doce, com a bateria mais suave, violão base e um sintetizador.

Pulamos então para a faixa 9, e mais uma música que serviu de inspiração pra banda que vai abrir os shows deles por aqui. Cadence, que teve o seu riff base convertido em Quebre As Correntes. A música em sí, levanta, por hora, o peso do disco.

E por ironia do destino, a melhor música do disco é um cover, de uma grande banda, inclusive. Trata-se de Love Song, que originalmente é do The Cure. Salvo algumas diferenças aqui, como as guitarras distorcidas, a velocidade em que a música é tocada e ao invés do órgão, um piano é tocado como ponte entre o primeiro e o segundo verso. A versão original tu pode conferir clicando no link a seguir: The Cure - Love Song.

Pra fechar, Naive Orleans, que é uma das músicas mais conhecidas dos caras, e não deixa de ser, uma das melhores do disco. Aqui, ela já soa mais algo como Taking Back Sunday, sobretudo nos discos de 2004 pra cá.

No mais, baixa lá, não é nada de extraordinário ou diferente de tudo o que tu já viu, mas é um bom debut-album de uma boa banda que evoluiu muito, diga-se de passagem, do primeiro disco até hoje.

That's all, folks!

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