
É, eu sei. Já fazia algum tempo que eu não falava de um album todo, como nos velhos tempos. Mas então, vamos lá,
hoje, vou comentar sobre o album de estréia do Panic At The Disco, o A Fever You Can’t Sweat Out. Inclusive, fazendo uma piadinha
safada, esse álbum é do tempo que Panic At The Disco tinha exclamação. Mas enfim, brincadeiras a parte, esse album, com toda a certeza,
se saísse uma lista com os 20 melhores albuns da década, Fever figuraria em uma das posições.
Esse disco conta com alguns dos hits que impulsionaram a carreira dos garotos de Las Vegas, que fizeram assim com que o Panic virasse um
dos ícones da atualidade se tratando de rock alternativo. Tudo bem que eles deram uma desviada no meio do caminho e fizeram um segundo
album bom, porém, que em nada tem a ver com esse em questão.
Analisaremos a partir daqui, os principais destaques do album, certo?
Faixa 2 – The Only Difference Between Martyrdom And Suicide Is Press Coverage
Tudo bem que na América e no resto do mundo o grande hit do Panic é I Write Sins Not Tragedies, mas... por aqui, se a banda deve sua fama
a alguma musica, a musica é essa. Tudo bem que a forma como a banda entrou no Brasil não foi das mais convincentes, foi tocando na Malhação,
mas... fazer o que, acontece. A musica em sí tem uma pegada bem rápida e uma ponte de techno, já mostrando pra que o Panic veio.
Faixa 5 – Camisado
Mais uma composta pelo guitarrista Ryan Ross. Assim como 90% do disco, mas enfim. A musica já mostra todo o lado cult dos membros do Panic
pelo título, que é baseado no nome de um livro. Mais uma musica com uma pegada rápida, em alguns momentos até fazendo lembrar o Fall Out Boy,
que inclusive, não é segredo pra ninguem, influenciou e muito os guris nesse primeiro disco.
Faixa 6 – Time To Dance
Aí varia da versão que você ouve, a do album já tem um destaque maior pra guitarra. As demos que existem por aí são carregadas de techno, fazendo
ter uma impressão de que Panic é uma banda de power pop, no mais... é uma ótima musica.
Faixa 7 – Lying Is The Most Fun A Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off
Um dos mais claros exemplos do gosto do Panic por títulos grandes. O por quê de tudo isso? Não sei, pergunte a Ryan Ross. Essa faixa 7 é a ultima da
parte influenciada por techno/big beat do disco e por mais estranho que pareça, ela não vem carregada de techno nem nada, é apenas outra boa canção pop. Uma curiosidade acerca dessa musica, é que o título dela é uma frase retirada do filme Closer: Perto Demais. A continuação do “diálogo” é encontrada no título da faixa 9, que vai ser comentada a seguir.
Faixa 9 – But It’s Better If You Do
Como foi dito anteriormente, é a continuação do diálogo. Curiosamente, essa aqui não foi composta por Ryan Ross, mas sim por Brendon Urie e representa o início do disco que vem carregado de piano, cello, violinos, metais e afins. Tem uma levada de cabaret, se é que existe uma definição assim pra uma musica. Pois bem, talvez esse pensamento seja construido a partir da primeira vez que se vê uma versão ao vivo dessa musica, onde havia um numero com uma dançarina e tudo mais.
Faixa 10 – I Write Sins Not Tragedies
O grande hit da banda. Vencedor do VMA 2006 por melhor vídeo. Só por essa introdução já é de se esperar que se trata de uma grande musica, correto?
E de fato é, é a união perfeita de guitarras distorcidas, cello com o artificio do pizzicato e uma bateria insana. A única ressalva acerca dessa musica é, ela foi ligeiramente modificada em relação à voz de Brendon, pois como todos nós sabemos, ele não tem essa potência vocal toda mostrada naquele “agaaaaaain” no final da musica.
É, esse é o A Fever You Can’t Sweat Out, 12 musicas, sendo 6 destaques. Talvez o único destaque negativo do disco seja o baixo, não que ele tenha sido mal tocado ou as linhas sejam ruins, pelo contrário. O negócio é que, o baixista da banda na época, Brent Wilson não escreveu uma nota sequer e não gravou nada no disco, as linhas foram gravadas por Ryan e Brendon e as notas tiveram de ser simplificadas para que Brent pudesse executá-las ao vivo, porém, passado algum tempo, não deu outra, Brent estava fora, no seu lugar, foi recrutado o excelente Jon Walker, que toca violão/guitarra, teclado, canta e ainda dá uma força na hora de escrever as letras. Bela troca, não?
That’s all, folks!