RADIOHEAD

Se tem um ano que pode ser considerado de ouro na Inglaterra, esse ano definitivamente é 1995. Algumas bandas lançaram os seus discos divisores de águas nesse ano, suas obras primas, seus trabalhos conceituais.

Do fim pro começo, em Outubro o Oasis lançava seu Morning Glory, recheado de hits. Um mês antes, quem lançou disco foi o Blur. The Great Escape. Que aliás, como sabem, esses dois discos foram o centro da batalha do Britpop. Correndo por fora, o The Verve, que alcançaria o sucesso absoluto dois anos mais tarde com Urban Hymns e a épica Bittersweet Symphony, lançou A Nothern Soul, trazendo hits como This is Music e a bela History.

Em Maio, no lado mais divertido do Britpop, o Supergrass lançou I Should Coco, que os consagrou com o sucesso Alright, que virou inclusive trilha de filme e tudo mais.

E começando essa onda de grandes discos, no dia 13 de Março o Radiohead lançava seu segundo disco, que é considerado um dos melhores, ou até mesmo o melhor da carreira do grupo. The Bends. Que trazia hits como High and Dry, Fake Plastic Trees, My Iron Lung, Street Spirit e a excelente Just, que é uma das minhas preferidas.

Até confesso que há algum tempo atrás eu não tinha tanta disposição assim pra ouvir os trabalhos de Thom Yorke e seus amigos. Mas como foi dito no começo do post, The Bends é um disco conceitual. Daqueles que se você diz que gosta de música boa, não tem como não gostar desse album.

Além dos hit-singles já citados, o disco é recheado de grandes faixas, embora não sejam exatamente superproduzidas. Tal como Bones e a própria The Bends que dá nome ao album.

Aliás, diga-se de passagem, que o disco é uma ótima amostra pra quem diz que o Radiohead nunca teve guitarra. Nos discos mais recentes, pode até ser que o uso dela tenha sido meio que deixado de lado.

Outra música que merece um olhar mais preciso, é Black Star. Que embora sua qualidade não tenha sido reconhecida o suficiente pra que ela fosse single, é uma faixa que soa como uma daquelas canções épicas do rock n' roll inglês, com um refrão de fácil associação e guitarras bem grudentas, no bom sentido.

Músicas como Fake Plastic Trees e Bullet Proof dispensam apresentações e a história da banda fala por elas. High and Dry é o que o Coldplay vem tentando fazer desde o seu primeiro disco, mas falha miseravelmente, embora faça algumas boas músicas.

Pode parecer um pouco sarcástico dizer isso, mas é preciso um pouco de calma pra ouvir Radiohead. Até mesmo porque, é uma banda que precisa ser compreendida, e dificilmente você vai entendê-los só ouvindo Creep.

Além do que, existem outras bandas que conseguiram bastante popularidade e nem sequer existiriam se Thom Yorke não estivesse aí. Caso de Keane e Muse, dentre tantas outras. E se são boas bandas, a influência não deixa de ser, não é?

That's all, folks!

2 Response to RADIOHEAD

Isa
22 de março de 2011 às 11:46

um dia verei você por aí andando com uma camisa do Radiohead.

ok, não chega a tanto.

22 de março de 2011 às 11:58

Nah, nem tanto.

 

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